Blood
Nada do que é escrito tem valor se não for escrito com sangue, dizia um
antigo escritor. Talvez não seja mesmo verdade, pois a velha e simples
tinta pode muito bem ser digna de consideração. Mas uma coisa é certa.
As histórias realísticas, vívidas e com sangue nos atraem mais. E por
uma boa razão. Nós leitores somos como vampiros. Nos aproximamos de um
livro pelo nome ou capa a qual nos chama atenção. O analisamos, pegamos
em mão, folheamos e lemos algum parágrafo. Em duas palavras: O farejamos.
Exatamente igual a como faz um animal com sua presa. E se realmente
parecer suculento, o atacamos. Nossos olhos se afundam nas páginas da
mesma forma como os dentes de um vampiro fazem com o pescoço de sua
vítima. Aliás, quando gostamos mesmo de um livro, falamos que o
devoramos, não é mesmo?
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