Eu considero meu quarto o meu santuário. Chego a ficar irritado quando as pessoas entram nele ou mexem nas minhas coisas, se não, ambos ao mesmo tempo. E sei lá, morar com família é algo que me irrita constantemente por que sempre tem essa falta de privacidade. Tem gente que pensa em se distanciar o mais rápido possível dos pais. Admito que sou uma dessas pessoas. O tanto de coisas absurdas que já cogitei fazer pra poder sair de casa o mais rápido possível quando fizer 18 anos. Muitas vezes, é um saco de verdade. Eles ficam no seu pé, implicam com você, algo que só gera estresse e conflito. E o que mais quero é morar sozinho, literalmente ter livre arbítrio, poder decidir sobre meus atos, e sem ninguém fuçando ou julgando minha vida. Mas querendo ou não, essa pressão que muitas vezes eles podem dar, ou falta de privacidade querendo se meter na sua vida, é uma forma de carinho ou proteção. E aí chego a me sentir mal por no fim das contas, querer eles longe de mim. Como posso lidar com uma linha tênue entre amor e ódio? Parece que qualquer decisão que tomamos, no fim, sempre vamos nos machucar de algum jeito ou decepcionar alguém. Às vezes é isso, começo um discurso tão grande que não sei nem a onde vou terminar. Sei lá, eu chego a pensar em até mesmo um exemplo de arrumar minha cama. Eu sempre saio pra escola na maior pressa de manha, e deixo ela toda bagunçada, mas quando volto, ela sempre ta arrumada. Fico pensando em como um dia poderei voltar pra casa e ela continuar bagunçada. Entende? Acho que esse é um dos meus maiores temores. Ser órfão. Só de pensar o que vou fazer com as coisas deles quando não estiverem mais por perto. Roupas, objetos pessoais, fotos... Será possível deixar o quarto deles intacto para sempre? Pois acho que não conseguiria jogar fora, ou pegar cada coisa pra encaixotar e ter alguma lembrança dolorosa. Não gosto da idéia de me acostumar que eu terei que arrumar minha cama um dia.
03 outubro, 2012
Ódio e culpa ao mesmo tempo.
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Eu considero meu quarto o meu santuário. Chego a ficar irritado quando as pessoas entram nele ou mexem nas minhas coisas, se não, ambos ao mesmo tempo. E sei lá, morar com família é algo que me irrita constantemente por que sempre tem essa falta de privacidade. Tem gente que pensa em se distanciar o mais rápido possível dos pais. Admito que sou uma dessas pessoas. O tanto de coisas absurdas que já cogitei fazer pra poder sair de casa o mais rápido possível quando fizer 18 anos. Muitas vezes, é um saco de verdade. Eles ficam no seu pé, implicam com você, algo que só gera estresse e conflito. E o que mais quero é morar sozinho, literalmente ter livre arbítrio, poder decidir sobre meus atos, e sem ninguém fuçando ou julgando minha vida. Mas querendo ou não, essa pressão que muitas vezes eles podem dar, ou falta de privacidade querendo se meter na sua vida, é uma forma de carinho ou proteção. E aí chego a me sentir mal por no fim das contas, querer eles longe de mim. Como posso lidar com uma linha tênue entre amor e ódio? Parece que qualquer decisão que tomamos, no fim, sempre vamos nos machucar de algum jeito ou decepcionar alguém. Às vezes é isso, começo um discurso tão grande que não sei nem a onde vou terminar. Sei lá, eu chego a pensar em até mesmo um exemplo de arrumar minha cama. Eu sempre saio pra escola na maior pressa de manha, e deixo ela toda bagunçada, mas quando volto, ela sempre ta arrumada. Fico pensando em como um dia poderei voltar pra casa e ela continuar bagunçada. Entende? Acho que esse é um dos meus maiores temores. Ser órfão. Só de pensar o que vou fazer com as coisas deles quando não estiverem mais por perto. Roupas, objetos pessoais, fotos... Será possível deixar o quarto deles intacto para sempre? Pois acho que não conseguiria jogar fora, ou pegar cada coisa pra encaixotar e ter alguma lembrança dolorosa. Não gosto da idéia de me acostumar que eu terei que arrumar minha cama um dia.
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É... sentimentos contraditórios, mas totalmente compreensíveis...
ResponderExcluirps. pelo menos ainda arrumam sua cama... no dia que eu voltar para casa e achar minha cama arrumada por alguém que não seja eu, vou soltar fogos de artifício... xD
Olá Luc.
ResponderExcluirFico feliz que o meu post tenha te inspirado a escrever esse texto. Esses seus pensamentos são tão normais que até u já tive.
Amar e odiar são sentimentos muito próximos. Medo e desejo também.
Mas acho que não ter uma cama que se arruma sozinha ou uma louça que fica limpa sem que você veja é um preço pequeno pela liberdade e ser dodo de se mesmo.